domingo, 30 de março de 2014
Domingo com cobertura de depressão.
Acredito que o universo de expectativas que criei para essa nova vida tornou as coisas mais mornas, nada tem aquele gosto de "caralho, que foda isso!", apesar de não estar engajado na minha profissão por formação, estou vivendo um momento profissional muito gratificante, onde tenho total liberdade de expressão e autonomia. Confesso que gerenciar uma loja concept da Chilli Beans era um sonho que alimentei desde que conheci a marca, porém é um desafio que não sei até quando vai valer a pena, mas como diz aquele ditado que acabei de inventar: só se descobre que a sede não é de água depois que toma o primeiro copo. Ainda falando do ponto de vista profissional, estou fazendo absolutamente tudo que a minha mãe não gostaria que eu fizesse: ESTACIONAR. Estacionado, nesse marasmo de trabalho-casa-trabalho-casa-trabalho-casa(...), 8 meses que não decidi o que quero estudar, o que quero ser, o quero comer, o quero viver o que q....., é o depressivo domingo dando um tapa na minha cara pra acordar, por isso, paralelo a esse chorume no blog, estou fazendo uma lista de obrigações a curto, médio e longo prazo #ogiganteacordou #vemprarua. Já está na hora de parar de colocar a culpa na inércia do domingo e ter a humildade de reconhecer que essa inércia é você.
sábado, 2 de novembro de 2013
todo-santo-dia
Por um lado eu prefiro acreditar que as coisas estão indo muito bem, que a roda tá rodando e que o samba tá tocando justamente o que eu estou querendo ouvir, isso tudo pq sou mais otimista que 82% de jovens recém-formados, de acordo com estatísticas que acabei de inventar. Já olhando por uma perspectiva mais comum acho que estou um pouco(muito) longe de uma realização profissional, academicamente falando. No meio de tudo isso existe aquela barreira na frente do dedo no gatilho(?), aquela sensação de -23anosformadomeudeusoquequeropraminhavida?- bem como aquela maneira de pensar "o que eu sou?" filho daquele famoso "o que você que ser quando crescer?". Acho que é isso, prefiro ficar em stand by nesse momento, quietinho, refletindo, escolhendo, vivendo essa síndrome do recém-formado, apontando e criando coragem pra apertar o gatilho. Se, por ventura, essa for a única bala, o tiro tem que ser certeiro.
No mais, vou tentar ser mais fiel a esse blog que "COnHeCo mó tEmPÃ e CoNsIdErO PaKAs"(orkutês), escrevendo semanalmente e vomitando todos os doces e amarguras que tenho experimentado.
terça-feira, 23 de julho de 2013
DESPRENDER - v.t. Soltar; separar (o que estava preso), desatar, despregar. V.pr. Fig. Desligar-se, apartar-se; libertar-se.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Inadmirável Inteligência
Desde o momento em que ensaiamos nossos primeiros passos, tem início um sutil e inconsciente movimento de inibição de nossa criatividade natural. Primeiro em casa, depois na escola e no trabalho, somos instados a andar em terreno já conhecido, seguir a tradição e não “fazer marolas”.Este processo tem seu lado positivo, pois a vida em sociedade requer a observação de certas regras e costumes. No entanto, traz um efeito secundário pernicioso: o lento, mas inexorável, bloqueio de nossa engenhosidade,criação e inventividade frutos de um nível de inteligência elevado.Vivemos numa época de grandes oportunidades geradas pelas mais diversas situações, seja pelos avanços tecnológicos e mudanças sociais e econômicas, seja pelos problemas que nos afligem e que pedem soluções inovadoras. Enxergar e aproveitar essas oportunidades exige uma combinação de conhecimentos, Curiosidade, flexibilidade mental e a disposição para experimentar e correr riscos.
O desenvolvimento da criatividade requer que abandonemos nossa zona de conforto e nos libertemos dos bloqueios que impedem o pleno uso de nossa capacidade mental. Temos que “perder o medo de voar”. Acredito que todos nós, cada um a seu modo, somos capazes de realizações criativas em alguma área de atividade. Para isso, é necessário contar com as condições certas e com o acesso aos conhecimentos e habilidades apropriadas. Nem sempre a criatividade resulta de um esforço intencional para se criar algo novo, como nos casos da lâmpada elétrica e do telefone. Uma invenção, ou a solução de um problema, pode nascer da observação de um evento fortuito, inesperado. Nestes casos, a criatividade surge de uma mente atenta e aberta, capaz de perceber e extrair do evento fortuito um conceito novo e original. As melhores ferramentas de criatividade são uma mente extensa e olhos e ouvidos atentos, aqueles que mantêm uma atitude de curiosidade e de experimentação criativa, percebem com clareza e agilidade as oportunidades que surgem à sua frente tornando-se inventivos por mera conseqüência.
Da observação do mundo à sua volta, o inventor identifica um princípio que pode ajudá-lo na solução de seu problema. Isola este princípio e tenta desenvolver idéias que resolvam o problema. Testa essas idéias e seleciona as mais promissoras. Os inventores são pessoas que combinam duas habilidades fundamentais. A primeira é a de identificar oportunidades nos problemas ou nas coisas que não funcionam bem e precisam ser melhoradas. Esta habilidade pode também funcionar no sentido inverso: a pessoa tem uma idéia e procura uma oportunidade para usá-la. A segunda habilidade é a de olhar a sua volta e identificar princípios que podem ser extraídos de eventos naturais ou de objetos existentes e aplicá-los à solução de problemas.
É errado fazer sombra a alguém numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota automaticamente a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados inteligentes se fecham como ostras à simples aparição de um criativo que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados de criatividade realizam com uma perna nas costas, enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais inventivos resolvem problemas, os inteligentes os repudiam para se defender. É um paradoxo um tanto avassalador.
Infelizmente temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de elevado nível social, deixando de lado os apetrechos que mais importam: Criatividade e inventividade. Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do elogio da Criatividade, somos fadados a admitir que uma pessoa precisa ser muito mais que inteligente se quiser vencer na vida. Embora não seja nada criativo, aquele velho e famoso “clichê” é indispensável nessa citação: “Ser inteligente é para os fracos, bom mesmo é ser Inventivo”. Tais subsídios, criados dentro da doutrina inteligível de qualquer situação, é meramente conseqüência de atos criativos e inventivos.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Querer
Não sei porque ainda me surpreendo com o nível da minha indecisão. Acordo certo de querer uma coisa e me programo completamente para ela. Vou tomar banho e decido que esse querer não faz sentido, que eu não devo e, portanto, não quero mais. Depois, vou no ônibus de casa para a faculdade e fazendo na cabeça uma lista de prós e contras do meu querer, me coloco em outros lugares, imagino situações e tudo mais, então, não consigo mais decidir se quero ou não quero. Agora, o querer dura um minuto. No seguinte, já não quero mais. Para no terceiro minuto, estar querendo muito de novo e já não saber como cogitei não querer. Daqui a pouco, sei que já não quero de jeito nenhum, que não tem nada a ver. Isso sucessivamente até não se sabe quando. Nesse instante que escrevo isso não sei mesmo se quero ou não esse algo que acordei querendo tanto. Como pode? O pensamento bem que podia mudar o rumo e ficar logo quieto e feliz com uma decisão. Esse disco já está é arranhado. Como será um exercício de ser menos? Sei que não adianta dizer que é refletindo, porque quanto mas eu reflito sobre algo, mais dúvidas me aparecem. O que me assegura é que entre o querer e o não querer eu fico com o NÃO QUERER (Tirando o QUERER o resto é tudo mentira).